O ano de 2025 marca um ponto de inflexão para os compradores da distribuição moderna brasileira: a Europa entra em uma fase de abertura comercial inédita para o mercado brasileiro, com reduções tarifárias imediatas e com um acordo União Europeia–Mercosul prestes a ampliar ainda mais o acesso a alimentos de alto valor agregado.
Em um momento em que o consumidor brasileiro busca mais variedade, segurança alimentar, preços mais previsíveis e uma oferta mais ampla de produtos premium e mainstream, a Europa se apresenta como uma fonte de fornecimento estratégica, estável e altamente qualificada. Durante muitos anos, as importações europeias enfrentaram tarifas elevadas e uma estrutura fiscal complexa, fatores que limitaram a competitividade e restringiram a presença de muitos itens nos supermercados brasileiros. Isso manteve categorias dependentes da produção local ou de fornecedores internacionais com padrões inferiores de qualidade.
Em 2025, esse cenário se transforma: o governo brasileiro suspendeu temporariamente as tarifas de nove categorias essenciais — entre elas massas, biscoitos, carnes, café, açúcar, óleos e sardinha — permitindo que o varejo amplie seu sortimento com condições comerciais mais favoráveis. Para supermercados, atacarejos e operadores de e-commerce, essa mudança abre espaço para margens mais atrativas, portfólios mais diversificados e a oportunidade de introduzir produtos europeus que antes não eram viáveis economicamente.
Essa abertura prepara o terreno para o contexto ainda mais vantajoso que surgirá com a entrada em vigor do acordo União Europeia–Mercosul: mais de 90% dos bens agroalimentares europeus poderão entrar no Brasil com tarifas reduzidas ou eliminadas progressivamente. Para o varejo brasileiro, isso significa planejar com antecedência novos desenvolvimentos em marcas próprias baseadas em ingredientes ou produtos europeus, fortalecer a proposta premium com queijos, vinhos, conservas, chocolates e massas de maior valor agregado, e elevar a competitividade interna em benefício do consumidor final, sem perder a identidade cultural do mercado local.
Dentro desse cenário de transição, a feira TuttoFood 2026 se posiciona como uma plataforma estratégica para os compradores brasileiros: o evento ocorrerá em um momento perfeito, quando a suspensão tarifária já estará em vigor e o acordo União Europeia–Mercosul estará em fase final de implementação. Visitar Milão significa ter acesso direto a centenas de fabricantes europeus dispostos a negociar novas listas de preços, volumes, condições logísticas e parcerias estruturadas. Ao mesmo tempo, o Cibus Link — por meio de sua newsletter dedicada à América do Sul — oferece uma conexão permanente com o ecossistema europeu, garantindo aos buyers informação atualizada sobre tendências, preços, inovação e fornecedores que se destacam no cenário internacional.
Para o varejo brasileiro, esse novo contexto não é apenas uma abertura comercial; é uma oportunidade estratégica para modernizar categorias, incorporar produtos de maior valor agregado, diferenciar o sortimento perante a concorrência regional e reforçar o posicionamento como redes mais completas, internacionais e alinhadas com as preferências do consumidor contemporâneo. A Europa deixa de ser um mercado distante e oneroso e passa a se consolidar como uma fonte estável de qualidade, inovação e confiabilidade, capaz de atender às demandas de um consumidor brasileiro que exige mais transparência, mais sabor, mais experiência e maior diversidade de opções. O ano de 2025 inaugura, portanto, um ciclo em que os compradores brasileiros poderão redesenhar seu portfólio de produtos em condições mais vantajosas, construindo uma nova geração de sortimentos competitivos, premium e sustentáveis.

















